LOVASTATINA

Ela foi isolada inicialmente do fungo Aspergillus terreus, e junto da mevastatina, foi uma das primeiras estatinas obtidas no final dos anos 1970. Outros fungos também são capazes de produzir a lovastatina, como por exemplo o Pleurotusostreatus, também conhecido como cogumelo ostra e utilizado na culinária.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

(A) Meio de cultura de Aspergillus terreus; (B) Conídios de A. terreus agrupados em forma de cabeça; (C) Pleurotusostreatus, também conhecido como cogumelo ostra.

 

 

 

Após a ingestão oral, a lovastatina, que apresenta-se na forma de uma lactona inativa, é hidrolisada para a formar o β-hidroxiácido correspondente. Este é o metabólito ativo e devido a sua semelhança estrutural com o 3-hidroxi-3-metilglutaril coenzima A (HMG-CoA), torna-se um inibidor competitivo reversível deste substrato natural da enzima HMG-CoA redutase. Esta enzima é a responsável por catalisar a conversão de HMG-CoA em ácido mevalônico, que é um bloco de construção necessário para a biossíntese do colesterol (esterol precursor de muitos hormônios).

Reação catalisada pela enzima HMG-CoA redutase na biossíntese do colesterol

 

 

 

 

 

 

A lovastatina é um derivado policetídeo natural e possui como cadeia principal 9 unidades de acetato ligados cabeça à cauda. A figura abaixo mostra a biossíntese da lovastatina observada no fungo Monascusruber.